

No mundo empresarial, números ajudam os gestores e líderes a entender como anda o negócio. Medir a produtividade, as vendas, as taxas de conversão, entre outros, dá a todo uma visão completa e mostra onde as coisas vão bem e onde podem melhorar. Hoje, com a ajuda da tecnologia e de metodologias consagradas, é possível acompanhar quase tudo, até mesmo coisas subjetivas como o clima na empresa ou a satisfação dos funcionários. Por que, então, não incluir o bem-estar emocional dos funcionários nesse conjunto de medidas?
Diversos especialistas, como Geoff McDonald, ex-executivo de uma grande multinacional e palestrante de saúde mental, defendem que a meta das empresas deve incluir esse aspecto fundamental do bem-estar dos funcionários. Atualmente, claro, a saúde mental se tornou um assunto muito discutido no mundo empresarial. No entanto, ainda falta clareza a respeito das melhores estratégias para cuidar do bem-estar emocional dos(as) colaboradores(as).
O impacto desse assunto vem sendo medido por diversas organizações internacionais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), transtornos de saúde mental geraram em 2010 perdas entre USD 2,5 a 8,5 trilhões anuais. Se a sociedade e os governos não agirem para minimizar esse problema, o valor pode dobrar.
Além de afetar a produtividade e a disposição dos colaboradores, a saúde mental também tem impacto direto na saúde física. A OMS afirma que a presença de um transtorno de saúde mental piora a saúde de maneira geral. Ele tem mais impacto, inclusive, do que doenças como diabetes e artrite.
Por isso, é preciso que as empresas ajam o quanto antes. Todos os níveis hierárquicos devem estar engajados, claro, mas as lideranças são o ponto de contato mais importante entre a empresa e os colaboradores. O que fazer então? Como tornar as lideranças mais empenhados em trabalhar com a saúde mental?
Para Geoff McDonald, contar histórias é um dos jeitos mais eficientes de introduzir o assunto no contexto empresarial. E que tipo de história, você pode se perguntar. O ideal, explica ele, é que sejam relatos humanos, que mostrem como outras pessoas lidam com desafios de saúde mental em suas vidas. Esse recurso ajuda a “ativar” a empatia dos colaboradores e, ao mesmo tempo, oferece exemplos para aqueles funcionários que eventualmente passem por dificuldades.
E como saber quais são as necessidades e oportunidades internas? McDonald sugere, por exemplo, fazer grupos focais sobre o que pode estar causando estresse internamente: jeitos de trabalhar, políticas internas, procedimentos, regras, relacionamentos. Isso pode dar uma pista do que pode ser mudado. É possível também avaliar como o bem-estar dos colaboradores está, da mesma maneira que se pesquisa os índices de segurança do trabalho.
Ou seja: a liderança deve procurar maneiras de humanizar o assunto na empresa, baixar o limiar e abrir o diálogo e assim, criar uma cultura aberta para falar sobre a própria saúde mental. Reconhecer a importância da saúde mental e a prioridade dela em qualquer contexto, é o que destaca um líder de sucesso.
Reconhecer a importância da saúde mental e a prioridade dela em qualquer contexto, é o que destaca um líder de sucesso. Dessa forma, o líder comunica que o colaborador não é valorizado apenas pela sua função e seu desempenho, mas também como pessoa e indivíduo.
Outro ponto de atenção é a liderança ter empatia com si mesma. Isto é, como as lideranças agem quando elas são as que sobrem com algum transtorno? É possível liderar assim? Sem dúvida nenhuma.. Um líder também é um ser-humano com os próprios desafios emocionais. Para ser um líder consciente, é preciso se conhecer bem a si mesmo, e isso inclui ter consciência de eventuais sofrimentos próprios. Depois, aprender a identificar como ele se manifesta e como afeta a própria vida, inclusive o comportamento e a comunicação com os colaboradores.
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