

O trabalho é o ambiente onde passamos a maior parte do nosso dia, seja de maneira presencial ou virtual. Por isso, faz sentido que esse contexto e tudo o que ele envolve tenha efeitos diretos sobre nossa saúde, especialmente a mental. Queríamos entender melhor qual é a relação entre trabalho e bem-estar emocional, por isso, nos unimos a MindMiners para fazer uma pesquisa.
A ideia era compreender melhor qual o papel dos líderes no bem-estar e na saúde mental dos colaboradores. Por isso, decidimos focar na relação entre lideranças e liderados, uma vez que essa dinâmica influencia aspectos importantes das relações de trabalho. Conversamos então com estes dois perfis, tanto com pessoas que se identificavam mais com papel de liderança dentro da sua empresa como com quem se identificava mais com o papel de liderado(a).
Ao todo foram 420 profissionais respondentes de organizações de cidades de todo o Brasil, sendo que mais de 50% são pessoas que estão empregadas e que trabalham em organizações privadas. Nossa pesquisa rodou janeiro de 2021 pela plataforma MeSeems, da MindMiners. Entre esses 420 profissionais, 225 (60,7%) se identificaram como liderado(a) e 165 (39,3%) como líder nas suas organizações.
E o que descobrimos?
De uma maneira geral, é possível perceber que as pessoas lideradas na nossa amostra estão satisfeitas com seus líderes, algo bastante significativo. Quando perguntados a respeito do atributo mais inspirador na liderança, 40,4% dos liderados responderam que a preocupação com o bem-estar da equipe é o mais importante. Em seguida, vieram o reconhecimento dos colaboradores (33,7%) e a capacidade de motivar as equipes (29,8%). Isso mostra que as pessoas lideradas tendem a valorizar e a responder melhor a líderes que não apenas busquem eficiência e resultados, mas que também tenham um olhar humanizado em relação a sua equipe.
Embora esses índices sejam animadores, ainda há bastante espaço para evolução. Por exemplo, ainda se fala pouco sobre saúde mental no ambiente de trabalho. Metade (50%) afirmou nunca ter falado sobre saúde mental no ambiente de trabalho.
Quando essa conversa acontece, ela se dá entre colegas de outras áreas e não tanto com a liderança. Uma hipótese é de que existe receio de abordar o tema com a chefia direta. O papo acontece principalmente com colegas de outras áreas (22%), com a própria equipe (18,4%) e, enfim, com a liderança (16,9%).
Quando o assunto é o impacto do líder na saúde mental das pessoas lideradas, há uma divisão de opinião bastante clara. A maior parte dos participantes (42%), afirma que a liderança não tem impactos em sentimentos como ansiedade, desânimo, estresse, nervosismo e falta de sono. Porém, quase o mesmo número de liderados(as) (41%), acredita que o líder tem impacto negativo em sua saúde mental.
Esses mesmos números variam bastante de acordo com a faixa etária. Entre as pessoas lideradas com menos de 30 anos, 71% afirma que a liderança tem impacto negativo na saúde mental; para as pessoas lideradas com mais de 30 anos, essa proporção é de 57%. Mais uma vez, vemos que há espaço para melhoras na ação dos líderes em relação a suas equipes. Clique aqui e conheça nosso texto sobre conflitos geracionais no ambiente de trabalho e como evitá-los.
Um achado interessante diz respeito às preferências na hora de escolher um emprego e de pedir demissão. Em ambos os casos, a relação com a liderança não foi o principal motivador, e sim, a remuneração. Embora esse dado possa ser visto como positivo, ele também pode esconder uma resignação em relação a lideranças que não prezem pelo bem-estar dos liderados. Conformados com o fato de que, em média, a relação com os líderes não seja boa, os colaboradores podem acabar dando baixa prioridade a esse quesito. Vale também dizer que, dado contexto econômico brasileiro, a remuneração é um fator difícil de ser dissociado em momentos de escolha e demissão do emprego.
Alguns números positivos a respeito da saúde mental aparecem no lado dos líderes. A maioria deles (65%), acredita que tem um impacto positivo na saúde mental dos liderados; metade (50%), se sente confortável para falar sobre saúde mental no trabalho. A esmagadora maioria (90%), afirmou que as empresas devem priorizar a saúde mental dos colaboradores. Tais dados mostram que esses profissionais estão abertos a incluir o tema no seu dia-a-dia e talvez precisem de mais ferramentas para apoiar seus colaboradores.
A pesquisa da Vitalk e Mind Miners mostra que a saúde mental é um tema bastante presente nos ambientes de trabalho brasileiros, embora ainda haja muito espaço para evolução. Capacitar os líderes a dar apoio a seus/suas colaboradores(as) pode criar um clima organizacional mais leve, amigável e inspirador, com benefícios para os funcionários e para a empresa. Por isso te convidamos a clicar no banner abaixo e conhecer a experiência de cuidado com a saúde emocional das pessoas dentro das empresas que a Vitalk oferece.